Ontem entrevistei Helene Cooper. Quem é esta mulher? Bem digamos apenas que foi correspondente e editora dos jornais WALL STREET JOURNAL e NEW YORK TIMES.
Uma jornalista que viajou por todo o mundo, na sua posição de correspondente diplomática.
Se fui nervoso para a entrevista? Fui, bastante. Se me senti pequeno ao lado de um "tubarão jornalístico" como Helene? Claro.
Mas trabalho é trabalho. Preparei bem a entrevista, toda ela em inglês, e segui viagem. Encontrei-me com Cooper, que foi sempre muito simpática.
E não é que no fim...ela me confessa que estava muito nervosa? Eu disse-lhe que mais do que eu não estaria. Ela não se apercebeu, até me disse que parecia muito confiante! E obrigou-me a tirar uma fotografia com ela, para o seu Facebook, a que eu acedi, naturalemente!
Saí orgulhoso e babado com esta entrevista. O que vou fazer agora? Ler o seu livro, que me foi oferecido :)
Fica aqui algo mais sobre Helene Cooper:
"Helene Cooper descende de duas dinastias que juntas fundaram a Libéria. Helene cresceu na Praia do Açúcar. Foi uma infância cheia de criados, carros vistosos, uma villa em Espanha e uma fazenda no interior. Quando Helene tinha oito anos, os Cooper adoptaram uma menina, chamada Eunice.
Mas a Libéria era como uma panela de água a ferver e a prosperidade de Helene terminou. Em 1980, um grupo de soldados fez um golpe de Estado, assassinou o Presidente e Ministros. Os Cooper e os amigos foram aprisionados, abatidos a tiro, torturados e as suas mulheres e filhas violadas. Depois de um brutal ataque, Helene, Marlene e a mãe fugiram Praia do Açúcar e, depois para a América. Mas deixaram Eunice para trás...
Do outro lado do mundo, Helene cresceu e tornou-se uma conhecida repórter, trabalhando para o Wall Street Journal e o New York Times, viajando por todo o mundo, mas evitando sempre África. No entanto, em 2003, uma experiência que quase a vitimou no Iraque, convenceu-a de que a Libéria, tal como Eunice, não podia esperar.
Daí resultou o livro "A Casa da Praia do Açúcar", um relato de tragédia e perdão.
Uma mulher de coragem. De muita coragem.
Não acham?