Hoje o jornal "O Público" relata um episódio que me deixou a pensar. A Cruz Vermelha da cidade do Porto (bem perto de nós,portanto) passa por grandes dificuldades na manutenção de três veículos destinados ao transporte de deficientes motores.
Acontece que ninguém parece querer assumir esta pequena despesa. A Cruz Vermelha pede ajuda, as delegações de saúde passam a batata quente para a Segurança Social e esta, já com a batata a ferver, pede um evasivo apoio ao "Governo".
Podem acusar estes órgãos de má vontade. Não me parece. O problema passa pelas naturais complicações que o ser humano cria quando chega à sua idade adulta. São adultos..adulterados pela idade digamos assim.
Os cidadãos com deficiência já passaram por tanta coisa. Durante décadas não foram aceites socialmente e como consequência não lhes foram (ainda não o são a 100%) garantidas condições básicas de vida em sociedade (acessos, instrumentos e ferramentas especializadas...). Mas com o tempo, a mentalidade tem vindo a mudar. Os responsáveis? As crianças, as novas gerações!
São essas mesmas crianças que perguntam agora aos seus amigos, muitos limitados a cadeiras de rodas: "Porque não vêm à escola?". E quando o amigo diz que deixou de ter transporte, a criança há-de dizer "Oh, mas o meu pai leva-te :)" . E o pai há-de dizer "Não sei se posso filho, os bancos não chegam muito à frente, se a polícia manda parar eu não tenho selo BLÁ BLÁ BLÁ"
Se depender dos adultos, os meninos que todos os dias têm boleia da Cruz Vermelha arriscam-se a ficar em casa. Posso-vos dizer, pelo que nos foi dito, que neste momento quem está mais empenhado em resolver a situação, são os meninos colegas de turma dos deficientes.
É caso para dizer, afinal quem é mais crescido?
Acontece que ninguém parece querer assumir esta pequena despesa. A Cruz Vermelha pede ajuda, as delegações de saúde passam a batata quente para a Segurança Social e esta, já com a batata a ferver, pede um evasivo apoio ao "Governo".
Podem acusar estes órgãos de má vontade. Não me parece. O problema passa pelas naturais complicações que o ser humano cria quando chega à sua idade adulta. São adultos..adulterados pela idade digamos assim.
Os cidadãos com deficiência já passaram por tanta coisa. Durante décadas não foram aceites socialmente e como consequência não lhes foram (ainda não o são a 100%) garantidas condições básicas de vida em sociedade (acessos, instrumentos e ferramentas especializadas...). Mas com o tempo, a mentalidade tem vindo a mudar. Os responsáveis? As crianças, as novas gerações!
São essas mesmas crianças que perguntam agora aos seus amigos, muitos limitados a cadeiras de rodas: "Porque não vêm à escola?". E quando o amigo diz que deixou de ter transporte, a criança há-de dizer "Oh, mas o meu pai leva-te :)" . E o pai há-de dizer "Não sei se posso filho, os bancos não chegam muito à frente, se a polícia manda parar eu não tenho selo BLÁ BLÁ BLÁ"
Se depender dos adultos, os meninos que todos os dias têm boleia da Cruz Vermelha arriscam-se a ficar em casa. Posso-vos dizer, pelo que nos foi dito, que neste momento quem está mais empenhado em resolver a situação, são os meninos colegas de turma dos deficientes.
É caso para dizer, afinal quem é mais crescido?